Fatores associados ao tipo de reação hansênica: um estudo caso controle / Factors associated with the type of hansenic reaction: a case control study

Authors

  • Lorena Carvalho de Freitas
  • Júlia Aguiar Costa
  • Ana Carolina dos Santos Oliveira
  • Juliana Oliveira de Miranda
  • Katrynni Oliveira Rodrigues
  • Wagner Barcelos Lopes
  • Maria Cristina Antunes Willemann
  • Gilton Luiz Almada
  • Romildo Rocha Azevedo Junior

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv6n2-092

Keywords:

Hanseníase, Mycobacterium leprae, Reação Hansênica.

Abstract

Objetivo: analisar fatores associados ao tipo de reação hansênica no Espírito Santo. Método: estudo caso controle com indivíduos notificados por hanseníase no Sistema de Informação de Agravos de Notificação entre 2008 e 2017 e que tiveram reação hansênica durante o tratamento. Foi considerado caso aquele que desenvolveu reação tipo 2 e controle, do tipo 1. Calculou-se OddsRatio e OddsRatio Ajustada. Resultados: Foram incluídos 1.363 indivíduos, 21,3% com reação do tipo 2 e 78,7%, do tipo 1. Pacientes com reação tipo 2 tiveram mais chance de não serem de raça branca, residirem em um município de IDH médio e serem multibacilares. Conclusões: condições sociais influenciam o tipo reacional, porém, não há evidências quanto a fatores raciais. Entender e considerar esses fatores podem contribuir com a adesão ao tratamento da hanseníase no Brasil.

References

Herath S, Navinan MR, Liyanage I, Rathnayaka N, Yudhishdran J, Fernando J, et al. Lucio’s phenomenon, an uncommon occurrence among leprosy patients in Sri Lanka. BMC Res Notes. 2015;8(1):672.

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2016.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de procedimentos técnicos: baciloscopia em hanseníase. Brasília (DF); 2010.

Mizoguti DF, Hungria EM, Freitas AA, Oliveira RM, Cardoso LPV, Costa MB, et al. Multibacillary leprosy patients with high and persistent serum antibodies to leprosy IDRI diagnostic-1/LID-1: higher susceptibility to develop type 2 reactions. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2015;110(7):914-20.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica. Guia para o controle da hanseníase. Brasília (DF); 2002.

Pires CAA, Jucá Neto FOM, Albuquerque NC, Macedo GMM, Batista KNM, Xavier MB. Leprosy reactions in patients coinfected with HIV: clinical aspects and outcomes in two comparative cohorts in the Amazon Region, Brazil. PLoS Negl Trop Dis. 2015;9(6):1-14.

Silva CLM, Fonseca SC, Kawa H, Palmer DOQ. Spatial distribuition of leprosy in Brazil: a literature review. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical [publicação online]. 2017 [acesso em 14 out 2018]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86822017000400439&script=sci_arttext

Andrade ARC, Lehman LF, Schreuder PAM. Como reconhecer e tratar reações hansênicas. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Belo Horizonte; 2005.

Burns T, Breathnach S, Cox N, Griffiths C. editors Rook’s Textbook. Of Dermatology. 7th ed, Oxford: Blackwell Sciences Ldt, Massachusets 2004;p.29.1- 29.2.

Becx-Bleumink M, Berhe D. Occurrence of reactions, their diagnosis and management in leprosy patients treated with multidrug therapy; experience in the leprosy control program of the All Africa Leprosy and rehabilitation training center (ALERT) in Ethiopia. Int J Lepr Other Mycobact Dis 1992; 60:173-184.

Kahawita IP, Walker SL, Lockwood DNJ. Leprosy type 1 reactions and erythema nodosum leprosum. An Bras Dermatol 2008; 83:75-82.

Andrade ARC, Lehman LF, Schreuder PAM. Como reconhecer e tratar reações hansênicas. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Belo Horizonte; 2005.

Nery JAC, Sales AM, Illarramendi X, Duppre NC, Jardim MC, Machado AM. Contribuição ao diagnóstico e manejo dos estados reacionais. Uma abordagem prática. An Bras Dermatol 2006; 81:367-375.

Pfaltzgraff RE, Ramu G. Clinical leprosy. In: Hastings RC, editor. Leprosy. 2nd ed. Edinburgh: Churchill Livingstone; 1994. p. 237-290.

Pocaterra L, Jain S, Reddy R, Muzaffarullah S, Torres O, Suneetha S, et al. Clinical course of erythema nodosum leprosum: an 11-year cohort study in Hyderabad, India. Am J Trop Med Hyg 2006; 74:868-879.

Organização Pan-Americana da Saúde, Organização Mundial da Saúde [homepage da internet]. OPAS/OMS apresenta estratégia global e projeto para livrar brasil da hanseníase [acesso em 16 out 2018]. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5531:opas-oms-apresenta-estrategia-global-e-projeto-para-livrar-brasil-da-hanseniase&Itemid=812

Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Centro de pesquisas René Rachou. Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de pacientes e seus cuidadores [publicação online]; 2010 [acesso em 05 out 2018]. Disponível em: http://www.cpqrr.fiocruz.br/texto-completo/D_48.pdf

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [homepage da internet]. Panorama Espírito Santo [acesso em 19 ou 2018]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/es/panorama

Ministério da Saúde (BR). Situação epidemiológica - dados [Internet]. 2016 [citado 2016 out 19]. Disponível em: http://portalsaude. saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/ leia-mais-o-ministerio/705-secretaria-svs/ vigilancia-de-a-a-z/hanseniase/11298-situacaoepidemiologica-dados

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sinopse do censo demografico 2010 [Internet]. 2010 [citado 2018 jan 15]. Disponível em: http:// www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index. php?dados=12

Sampaio SAP, Rivitti EA. Hanseníase. In: Sampaio SAP, Rivitti EA (eds) Dermatologia, 2ª edição, Artes Médicas, São Paulo, p.467-488, 2001.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Gestão de Políticas Estratégicas. Relatório de atividades da área técnica de dermatologia sanitária ano de 1999. Brasília; 1999.

Talhari S, Neves RG. Dermatologia tropical-Hanseníase. Manaus: Gráfca Tropical; 1997.

Stefani MM, Martelli CM, Gillis TP, Krahenbuhl JL. In situ type 1 cytokine gene expression and mechanisms associated with early leprosy progression. J Infect Dis. 2003;188:1024-31.

Goulart IMB, Penna GO, Cunha G. Imunopatologia da hanseníase: a complexidade da resposta imune do hospedeiro ao Mycobacterium leprae. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina tropical. 2002;35:365-75. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822002000400014

Fava VM, Manry J, Cobat A, Orlova M, Van Thuc N, Ngoc Ba N, Thai VH, Abel L, Alcais A, Schurr E. A missense LRRK2 variant is a risk fator for excessive inflammatory responses in leprosy [internet]; 2016 [acesso em 19 out 2018]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4742274/

Fava VM, Manry J, Cobat A, Orlova M, Van Thuc N, Ngoc Ba N, Moraes MO, Sales-Marques C, Stefani MMA, Latini ACP, Belone AF, Thai VH, Abel L, Alcais A, Schurr E. A genome wide association study identifies a IncRna as risk fator for pathological inflammatory responses in leprosy [internet]; 2017 [acesso em 19 out 2018]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5340414/

Saunderson P, gebre S, Byass P. Erythema nodosum leprosum reactions in the multibacillary cases of the AMFES cohort in central Ethiopia: incidende and risk factors [internet]; 2000 [acesso em 20 out 2018]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11105490

Quandelacy T, Holtz M, ranco-Paredes C. Are leprosy reactions autoinflammatory diseases? [internet]; 2011 [acesso em 20 out 2018]. Disponível em: http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1665-11462011000200008&lang=pt

Queiroz TA, Carvalho FPB, Simpson CA, Fernandes ACL, Figueirêdo DLA, Knackfuss MI. Perfil clínico e epidemiológico de pacientes em reação hansênica [internet]. Revista Gaúcha de Enfermagem; 2015 [acesso em 21 out 2018]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v36nspe/0102-6933-rgenf-36-spe-0185

Silva SF, Griep RH. Reação hansênica em pacientes portadores de hanseníase em centros de saúde da área de planejamento 3.2 do município do Rio de Janeiro. Hansen. Int. 2007;32(2):155-162

Nickel DA, Schneider IJC, Traebert J. Carga das doenças infecciosas relacionadas à pobreza no Brasil. In: Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação em Saúde. Saúde Brasil 2013: uma análise da situação de saúde e das doenças transmissíveis relacionadas à pobreza [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2014 [citado 2018 jan 15]. p. 227-253. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/

Published

2020-02-10

How to Cite

Freitas, L. C. de, Costa, J. A., Oliveira, A. C. dos S., Miranda, J. O. de, Rodrigues, K. O., Lopes, W. B., Willemann, M. C. A., Almada, G. L., & Junior, R. R. A. (2020). Fatores associados ao tipo de reação hansênica: um estudo caso controle / Factors associated with the type of hansenic reaction: a case control study. Brazilian Journal of Development, 6(2), 6599–6609. https://doi.org/10.34117/bjdv6n2-092

Issue

Section

Original Papers