Mortalidade hospitalar e após alta em pacientes com sepse admitidos em Unidade de Terapia intensiva / Hospital mortality and after discharge in patients with sepsis admitted to the intensive care unit

Authors

  • Jefferson da Silva Gonçalves
  • Tainá Afonso Almeida
  • Flavio Renan Paula da Costa Alcântara
  • Márcia Melo Damian
  • Luíz Carlos de Lima Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv2n4-108

Keywords:

Sepse, mortalidade, risco, Unidade de Terapia Intensiva, HIV

Abstract

Avaliar risco e mortalidade de pacientes com sepse admitidos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Trata-se de um estudo de coorte com inclusão de pacientes admitidos em UTI em até 72 horas. Foram excluídos pacientes readmitidos após alta da UTI. Sepse e choque séptico foram definidos conforme recomendações do SEPSE-3 sendo avaliados pacientes e dados dos prontuários para pontuação dos escores SAPS 3 e SOFA. Coorte de comparação foi constituída de pacientes admitidos em UTI que até a sua alta não preencheram critérios de sepse.  154 pacientes foram incluidos, 49,4% com sepse e 50,6% sem sepse. Média de idade 49,8 anos (Dp 20,3), predomínio do gênero masculino (58,4%). Pacientes com sepse permaneceram mais tempo internados, tanto na UTI (15,8 versus 6,0), como no hospital (45,9 versus 26,4) e apresentaram mais comorbidades (58,3 versus 41,5; ?2 5,88 p 0,01). Ventilação mecânica invasiva foi utilizada em 72% dos pacientes, e, esteve relacionada com maior risco de desenvolver sepse [?2 10,30;p 0,001;RR 3,09 (1,29<RR<7,42)]. Pacientes com HIV/AIDS e sepse tiveram risco de óbito 2,5 vezes maior do que os pacientes com outras comorbidades [?2 17,23;p 0,0001; RR 2,49 (1,64<RR<3,79)]. Concluímos que houve aumento dos dias de internação no hospital e na UTI na coorte sepse, e assinalamos que a VMI e o HIV foram fatores que impactaram na mortalidade.

 

References

Singer M, Deutschman CS, Seymour C, Shankar-Hari M, Annane D, Bauer M et al. The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3). JAMA. 2016;315(8):801-810. doi:10.1001/jama.2016.0287.

Machado FR, Cavalcanti AB, Bozza FA, Ferreira EM, Carrara FS, Sousa JL et al. The epidemiology of sepsis in Brazilian intensive care units (the Sepsis Prevalence Assessment Database, SPREAD): an observational study. The Lancet Infectious Diseases, November, 2017, Volume 17, Issue 11 , 1180 – 1189.

Iskander KN, Osuchowski MF, Stearns-Kurosawa DJ, Kurosawa S, Stepien D, Valentine C et al. Sepsis: multiple abnormalities, heterogeneous responses, and evolving understanding. Physiol Rev.2013;93(3):1247-1288.

Westphal GA, Vieira KD, Orzechawski R, Kalfer KM, Zaclikevis VR, Mastroeni MF. Análise da qualidade de vida após a alta hospitalar em sobreviventes de sepse grave e choque séptico. Rev Panam Salud Publica. 2012.

Moraes RS, Fonseca MLF, Leoni CBR. Mortalidade em UTI, fatores associados e avaliação do estado funcional após a alta hospitalar. Rev Bras Ter Intensiva. 2005;17(2):80-4.

Eddleston JM, White P, Guthrie E. Survival, morbidity, and quality of life after discharge from intensive care. Crit Care Med. 2000 Jul;28(7):2293-9.

Moreno PR, Metnitz PG, Almeida E, Jordan B, Campos RA, Iapichino L et al. SAPS 3. From evaluation of the patient to evaluation of the intensive care unit. Part 2: Developmentof a prognostic model for hospital mortality at ICU admission. Intensive Care Med. 2005; 31: 1345-1355.

Vicent JL, Moreno R, Takala J, Willatts S, De Mendonça A, Bruining H et al. The SOFA (Sepsis-related Organ Failure Assessment) score to describe organ dysfunction / failure. Intensive Care Med. 1996;22:707-710.

Gustafson OD, Rowland MJ, Watkinson PJ, McKechnie S, Igo S. Shoulder Impairment Following Critical Illness: A Prospective Cohort Study. Crit Care Med. 2018;46(11):1769-1774.

Silva Jr JM & Santos SS. Sepsis in AIDS patients: clinical, etiological and inflammatory characteristics. Journal of the International AIDS Society. 2013, 16:17344. http://www.jiasociety.org/index.php/jias/article/view/17344.

Mrus JM, Braun LA, Yi SM, Walter T Linde-Zwirble WT, Johnston JA. Impact of HIV/AIDS on care and outcomes of severe sepsis. Critical Care 2005, 9: 623-630 (DOI 10.1186/cc3811). http://ccforum.com/content/9/6/R623.

Amancio RT, Japiassu AM, Gomes RN, Mesquita EC, Assis EF, Medeiros DM et al. (2013). The Innate Immune Response in HIV/AIDS Septic Shock Patients: A Comparative Study. PLoS ONE 8(7): e68730. doi:10.1371/journal.pone.0068730.

Combes A, Costa MA, Trouillet JL, Baudot J, Mokhtari M, Gibert C et al. Morbidity, mortality, and quality-of-life outcomes of patients requiring ? 14 days of mechanical ventilation. Crit Care Med, 2003;31:1373-1381.

Published

2019-07-15

How to Cite

GONÇALVES, J. da S.; ALMEIDA, T. A.; ALCÂNTARA, F. R. P. da C.; DAMIAN, M. M.; FERREIRA, L. C. de L. Mortalidade hospitalar e após alta em pacientes com sepse admitidos em Unidade de Terapia intensiva / Hospital mortality and after discharge in patients with sepsis admitted to the intensive care unit. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 2, n. 4, p. 3461–3472, 2019. DOI: 10.34119/bjhrv2n4-108. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/2404. Acesso em: 28 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers